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repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/1256
Título: | Ensino do guineense nas escolas: o que pensam professores e alunos de dois estabelecimentos de ensino da Guiné-Bissau |
Autor(es): | Mané, Baticã Braima Ença |
Palavras-chave: | Língua guineense - Estudo e ensino Língua portuguesa - Africanismos - Estudo e ensino Linguagem e Educação - Guiné-Bissau |
Data do documento: | 28-Set-2018 |
Citação: | BRAIMA, B. E. (2018) |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo estudar o processo de ensino e aprendizagem na Guiné-Bissau, notadamente no que diz respeito à língua de ensino, colaborando assim para a ampliação dos estudos desse tipo. A complexa heterogeneidade linguística num país com pouco mais de 36.000 km2 coloca-nos perante um caldeirão misto de culturas e nos convida, ao mesmo tempo, a pensar e a questionar o fazer pedagógico naquele país, mais precisamente a língua em que ocorre esse processo, neste caso, o português: uma língua imposta pelo colonialismo, falada e entendida por uma ínfima parcela da população. Na Guiné-Bissau, além do guineense e do português, são faladas mais de 20 línguas étnicas. A língua materna da maioria (o guineense), falada e entendida por mais de 90% população (AUGEL, 2007), que une os distintos grupos sociais, não constitui a língua de ensino. Ela é simplesmente posta de lado em detrimento do português; aliás, do ponto de vista do governo, essa questão raras vezes foi debatida com seriedade. Além disso, o português é tido por algumas pesquisas como obstáculo ao ensino-aprendizagem quando praticado sozinho (SEMEDO, 2005; SCANTAMBURLO, 2013; por exemplo). Partindo desse pressuposto, o presente estudo buscou entender até que ponto seria viável uma eventual introdução do guineense no ensino ao lado do português. À vista disso, foi dada maior atenção aos estudos que sustentam que ser bilíngue é vantajoso (UNESCO, 1953; AUGEL, 1997; BANDEIRA, 2008; entre outros). Com relação à metodologia, o estudo se fundamentou em análise de dados de 21 alunos e 14 professores, obtidos através da aplicação de questionários. Depois de analisados e discutidos os dados recolhidos durante o processo, apresentamos os resultados que jogam em prol da inserção do guineense no ensino. Assim, a maior parte dos alunos interrogados, 70% em Bissau e 72,7% em Bubaque, afirmam que o guineense deveria entrar nas escolas; 30% e 27,3% em Bissau e Bubaque, respetivamente, declinaram quanto à proposta. Apesar da aprovação do uso do guineense no ensino, a maioria dos alunos não o vê como disciplina obrigatória, e sim optativa. Com os professores, não foi tão diferente. Em Bubaque, não só aprovaram o ensino do guineense nas escolas (77,8%), mas também concordaram que este seja disciplina obrigatória (66,7%). Já em Bissau, 60% dos professores rejeitaram a proposta, além disso, este mesmo percentual se repetiu quando questionados se o guineense deveria ser disciplina obrigatória. Dessa forma, os números que acabamos de ver indicam um posicionamento a favor da introdução do guineense no ensino por parte dos sujeitos pesquisados. Ademais, o fato de o guineense não constituir língua de ensino na Guiné-Bissau é uma questão meramente política, visto que o guineense é uma língua natural como qualquer outra. |
Descrição: | MANÉ, Baticã Braima Ença. Ensino do guineense nas escolas: o que pensam professores e alunos de dois estabelecimentos de ensino da Guiné-Bissau. 2018. 88 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa) - Instituto de Humanidades e Letras, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2018. |
URI: | https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/1256 |
Aparece nas coleções: | Monografias - Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa (São Francisco do Conde) |
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