Crises internas e integração regional: o caso da Guiné-Bissau na CEDEAO (1998-2018)

Abstract

A relação da Guiné-Bissau com a CEDEAO começou desde o processo da sua criação, concretizada em maio de 1975. O trabalho teve como objetivo compreender como se deu a relação da Guiné-Bissau com a CEDEAO, em termos políticos, econômicos e comerciais entre 1998 a 2018. Partiu-se da hipótese de que essa relação se deu mais no campo político, atrelado às questões de segurança, do que no campo econômico e comercial. E por outro lado, acredita-se que isto se deve às constantes crises internas que o país enfrentou durante esses 20 anos em estudo. Para alcançar o objetivo, o trabalho teve como base bibliográfica tanto as fontes primárias assim como as fontes secundárias. Concentrou-se na análise dos documentos institucionais disponíveis nos endereços eletrônicos tanto da CEDEAO, assim como da FMI, OCDE entre outras. E também em artigos, livros, teses e dissertações disponíveis nos correios eletrônicos e nas bibliotecas. E por outro lado, também teve que se recorrer às notícias publicadas nos jornais eletrônicos como forma de dar conta de alguns assuntos que não foram conseguidos em artigos e livros achados. Os resultados confirmam a hipótese inicial do trabalho: a relação da Guiné-Bissau com a CEDEAO se deu mais no campo político, atrelado às questões de segurança do que econômicos e comerciais. Mais também, percebe-se que, no que tange às questões de segurança, a Guiné-Bissau esteve sempre na mesa das Sessões Ordinárias e extraordinárias, sendo discutida a forma de como pôr fim às constantes instabilidades internas. E nessa ótica, foi dada como prioridade a reforma no setor da defesa e segurança, elaborando um plano de ação conjunta com o Estado da Guiné-Bissau. A CEDEAO apoiou financeiramente o plano de reforma e também com técnicos, nesse caso com a missão da ECOMIB.