Crescimento inicial de cultivares de fava irrigadas com águas salinas

Abstract

A fava (Phaseolus lunatus) é uma cultura com importância econômica e social, sendo produzida para alimentação humana no Brasil, principalmente no Nordeste brasileiro devido as suas características rústicas de adaptação ao solo e ao clima do semiárido. A salinidade é amplamente discutida mundialmente devido ao seu efeito limitante ao crescimento e desenvolvimento das plantas a depender do nível de tolerância da espécie ou cultivar. Assim sendo, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de diferentes níveis salinos no crescimento inicial de quatro cultivares de fava. O experimento foi realizado na UPMA - unidade de produção de mudas das Auroras na UNILAB - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira em Redenção-CE, no período de março a abril de 2018. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado em esquema fatorial de 5 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de quatro cultivares: branquinha (1), manteiguinha (C2), orelha de vô (C3) e espirito santo (C4) as quais foram submetidas a níveis de salinidade na água de irrigação com condutividade elétrica (CEa) de 1, 2, 3, 4 e 5 dS m1. As variáveis analisadas foram: altura de planta (AP), número de folhas (NF), área foliar (AF), diâmetro do caule (DM), comprimento da raiz (CR), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca da raiz (MSR) e massa seca total (MST). O aumento da salinidade na água de irrigação provocou a redução do NF e AP de forma linear decrescente na fava. A C4 foi mais tolerante a salinidade no variável diâmetro do caule, ao passo que C2 foi mais tolerante na altura da planta. Com relação ao CR, a MSPA, MSR e MST a C1 e a C3 demonstrou ser as mais produtivas. A irrigação com a água salina aumentou a CEas do solo e reduziu o pH.