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Título: Doenças sensíveis ao clima e sua relação com a hidroclimatologista do semiárido
Autor(es): Gomes, Ticiane Freire
Palavras-chave: Doenças - Fatores científicos
Regiões áridas - Doenças
Dengue
Data do documento: 30-Ago-2021
Citação: GOMES, T. F. (2021)
Resumo: As mudanças climáticas são reconhecidas como uma ameaça à saúde mundial. A variabilidade climática em climas extremos, como o semiárido, influenciam e desencadeiam as doenças sensíveis ao clima, como as transmitidas por vetores, por veiculação hídrica e respiratória. Os objetivos deste estudo foram: 1) identificar as principais fontes de abastecimento de água e sua relação com as doenças de veiculação hídrica em regiões semiáridas; 2) descrever as relações entre variáveis climáticas e doenças sensíveis ao clima em regiões semiáridas; 3) identificar a relação das variáveis climáticas com a incidência de casos de dengue no estado do Ceará; 4) mapear as intervenções presentes no Sistema de Classificação das Intervenções de Enfermagem para as doenças de veiculação hídrica e doenças sensíveis ao clima. O estudo foi organizado em três capítulos: 1) revisão sistemática sobre doenças de veiculação hídrica no semiárido; 2) revisão sistemática sobre doenças sensíveis ao clima no semiárido; 3) análise de séries temporais sobre a relação das variáveis climáticas com a incidência de casos de dengue no estado do Ceará. Para a seleção das produções das revisões sistemáticas dos dois primeiros capítulos utilizou-se o acesso a cinco bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline / PubMed); SCOPUS, Cochrane e Web of Science. Também, foi pesquisado o buscador acadêmico Science Direct. Para o primeiro capítulo utilizou-se os descritores: water supply, semiarid, dryland, waterborne diseases e health. Identificaram-se 301 artigos. Após a seleção, resultaram-se em 12 artigos. Os artigos foram publicados na África (58%), no Brasil (33%) e na Palestina (9%). As principais fontes de abastecimento de água foram provenientes de poços (33%), de rios (58%) e da chuva (42%). As doenças diarreicas foram associadas a fontes de água de poços e rios, onde coliformes totais ou Escherichia coli foram identificados. Parasitas entéricos estavam presentes nas águas originárias da chuva e na água armazenada nas residências. Entretanto, a maior variedade de contaminantes foi encontrada em poços rasos. Para o segundo capítulo, os descritores utilizados para busca foram: dryland, semiarid, droughts, climate change, diseases climate-sensitive, water border diseases. Identificaram-se 542 artigos. Após seleção, restaram 17 artigos para análise. Os artigos foram produzidos na África (30%), no Irã (23%), na Ásia (17%), nos Estados Unidos (12%), no Brasil (6%) e em outros países (12%). Das doenças sensíveis ao clima identificadas, destacaram-se as vetoriais, as hídricas e as respiratórias. As variáveis climáticas mais frequentes relacionadas a essas doenças foram: temperatura do ar (82%), precipitação (64%) e umidade do ar (41%). Apesar da relação evidente entre as doenças vetoriais e essas variáveis, ainda não é possível saber em detalhes como estão associadas a doenças respiratórias, infecciosas e doenças 6 gastrointestinais. Para o terceiro capítulo, na análise de séries temporais, foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de 2008 a 2018 de sete municípios do Ceará: Fortaleza, Sobral, Tauá, Quixeramobim, Iguatu, Jaguaruana e Barbalha. Para analisar a evolução mensal, sazonal e anual dos casos de dengue e sua relação com as variáveis climáticas, foram elaborados gráficos mensais de Diagrama-de-Caixa e gráficos anuais das séries temporais. Além disso, foram utilizadas regressões lineares múltiplas para encontrar relações entre o número mensal de casos de dengue e as variáveis climáticas. O estudo mostrou que a estação de dengue nos municípios dura entre 4 e 5 meses e que o efeito da chuva pode aumentar o risco de dengue em horizontes de tempo diferentes (e.g. um mês ou dois meses à frente) nos municípios do estudo. É possível relacionar o número mensal de casos de dengue com variáveis climáticas (temperatura máxima e mínima, e precipitação) por meio de regressão linear múltipla (Coeficiente de Pearson entre 0.39 a 0.72) durante os meses de maior concentração de casos de dengue. As intervenções de enfermagem identificadas não são direcionadas para as doenças sensíveis ao clima. Ações de saúde pública devem ser implementadas por enfermeiros no semiárido para prevenção das doenças sensíveis ao clima, com destaque para a dengue, levando em consideração a variabilidade climática que favorecem o surgimento dessas doenças.
Descrição: GOMES, Ticiane Freire. Doenças sensíveis ao clima e sua relação com a hidroclimatologista do semiárido. 2021. 121 f. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem ((PPGENF). Instituto de Ciências da Saúde – ICS, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, 2021
URI: repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3670
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