Algumas notas sobre machismo e desigualdade de gênero nos cursos e careiras de engenharias no Brasil

Abstract

A desigualdade de gênero nos cursos e carreiras de engenharias no Brasil ainda é predominante, seja por fatores histórico-culturais, seja pela reincidência - por parte dos próprios estudantes e profissionais da área - em múltiplas práticas e posturas machistas. O principal motivo da continuidade dessa situação se deve, ao fato de que esses cursos são ainda majoritariamente frequentados por homens. Ante a constatação disso, o presente trabalho assume o objetivo de trazer algumas reflexões, por meio de um estudo qualitativo e de revisão bibliográfica: acerca dos impactos que a masculinidade hegemônica acarreta para as mulheres presentes nos cursos e carreiras de engenharias. Além disso, almeja-se a proposição de algumas alternativas para o combate ao machismo nesses âmbitos de formação e atuação profissional, a fim de que tais assimetrias sejam efetivamente combatidas e a igualdade de gênero seja alcançada. Pretende-se, por fim, a sugestão de mais amplos e qualificados debates sobre o tema: em contribuição à desconstrução do machismo e das desigualdades de gênero em todas as áreas de formação e atuação profissional.