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Título: A reduplicação no guineense moderno: fonologia, morfologia e sintaxe
Autor(es): Imbatene, João Eusebio
Palavras-chave: Língua guineense - Gramática
Língua guineense - Reduplicação
Data do documento: 2-Set-2019
Citação: IMBATENE, J. E. (2019)
Resumo: O presente estudo tem, por objetivo, compreender o funcionamento do processo da reduplicação no guineense moderno. Considerando que “[…] a formação de palavras por reduplicação ocorre quando uma parte (ou todo) de uma sequência fonológica é repetida resultando em uma nova informação morfológica” (ARAUJO, 2002, p. 61). Para alcançar esse objetivo, levantamos os dados bibliográficos presentes no dicionário bilingue guineense-português (SCANTAMBURLO, 2002) e outros instrumentos que permitem a coleta, por meio das pesquisas quantitativas e qualitativas. Dada a natureza deste trabalho, os dados foram analisados sob os planos fonológico, morfológico e sintático. A pretensão de trabalhar com o tal processo é sustentada pelas inquietações surgidas a partir das afirmações de teóricos que negam a existência de estruturas morfológicas nas línguas de contato, como os crioulos (MC WHORTER, 1998). Os resultados deste trabalho apontam quatro categorias gramaticais que sofrem o processo da reduplicação no guineense, nomeadamente a verbal (miskinha "lamentar" -- miskinha-miskinha "lamentar continuadamente"), a nominal (djugu 'jogo' -- djugu-djugu "casa das térmites"), a adjetival (tchan "firme" -- tchan-tchan "muito firme ") e a adverbial (gossi "agora" -- gossi-gossi "agora mesmo" ou "nesse mesmo instante"). Para mais, no que diz respeito à realização silábica das formas reduplicadas no guineense, encontramos as seguintes estruturas silábicas copiadas: (CV.CV), (CVC.CV), (CVC.CV.CV), (CV.CVC.CV), (V. CV.CV) e (CV.CV.CV). As formas reduplicadas do guineense apresentam noções de funções, como as de distribuição (djubi ‘olhar’ / djubi-djubi ‘olhar por toda parte’), de intensificação (djanti ‘andar depressa, apressar-se’ / djanti-djanti ‘andar ainda mais rápido’ ou ‘apressar-se ainda mais’) e de regularidade (falta ‘ausentar, faltar’ / falta-falta ‘ausentar, faltar sempre ou com frequência’), assim, tais funções são preservadas nas sentenças. Com a comprovação da existência de mecanismos morfológicos, o estudo busca evidenciar os equívocos sustentados pelos teóricos tradicionais sobre a não existência das referidas estruturas, visto que “uma língua [crioula] tem em si todos os elementos estruturais necessários aos seus falantes” (PRATAS, 2002, p. 10).
Descrição: IMBATENE, João Eusebio. A reduplicação no guineense moderno: fonologia, morfologia e sintaxe. 2019. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2019.
URI: https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/1847
Aparece nas coleções:Monografias - Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa (São Francisco do Conde)

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