Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2362
Título: | Processo de composição do português de Angola |
Autor(es): | Sapalo, Alexandre Jamba |
Palavras-chave: | Língua portuguesa - Angola Língua portuguesa - Morfologia |
Data do documento: | 23-Ago-2021 |
Citação: | SAPALO, A. J. (2021) |
Resumo: | Situado na África Ocidental, Angola é um país multilíngue, onde são faladas sobretudo línguas do grupo banto, como umbundo, kimbundo, kikongo e cokwe, além do português, falado por um total de 71,15% da população como primeira e segunda língua de acordo com o censo de 2014. O presente trabalho tem como tema o processo de composição no português de Angola e pretende analisar o comportamento dos compostos, diferenciando as composições verdadeiras das locuções, bem como identificar os compostos específicos do português de Angola, deixando claro que estamos diante de uma variedade própria do português. O interesse em estudar esse tema surgiu justamente a partir da necessidade de se ampliar estudos sobre o português angolano, uma vez que ainda são poucos os estudos que abordam essa variedade do português quanto a seus aspectos morfológicos. Como suporte teórico, foram utilizados trabalhos que tratam do processo de composição em diferentes línguas, como Lee (1997), Monteiro (2002), Margotti & Margotti (2011), Lieber e Stekauer (2012) e Bisseto e Scalise (2012). Para análise, foram coletados 20 compostos em jornais e blogs online que trazem conjuntos de vocábulos do português de Angola. Para a confirmação dos dados, foi necessária a gravação dos dados com jovens angolanos residentes na capital Luanda e no Brasil, sendo esses atualmente alunos da UNILAB, Campus dos Malês. A pesquisa focou mais em itens nominais, sobretudo estruturados em N+N, N+A, N+P+N, N+conj+N e N+P+A (trigo limpo ‘sexo desprotegido’, água do chefe ‘nome atribuído à bebida alcoolica, sobretudo a cachaça’), apenas três apresentam a estrutura V+N, V+P+N e V+A (cai com vento ‘pessoa magra’, saca fácil ‘alguém que se deixa paquerar com muita facilidade’ e bate-chapa ‘beijo apressado, repentino dado na boca’). De acordo com Monteiro (2002), existem alguns critérios que atestam a diferença entre compostos e locuções. Neste contexto, os compostos apresentam as seguintes características: ordem fixa entre seus elementos, impossiblidade da colocação de um vocábulo entre seus componentes, impossibilidade de suprimir um dos elementos e pluralização no último elemento. Tendo em vista esses aspectos, dos itens coletados, todos os 20 compostos atendem aos três primeiros critérios propostos por Monteiro (2002), sendo que nem todos os compostos (no caso, 11) atendem ao quarto critério, o que não era esperado, dado que o autor considera o plural um critério mais confiável. Com esse estudo, foi possível perceber que a composição é um processo produtivo no português angolano para criar palavras, uma vez que são formadas novas combinações na língua (além das encontradas em outras variedades), havendo casos inclusive de mudança semântica de compostos encontrados no português brasileiro. |
Descrição: | SAPALO, Alexandre Jamba. Processo de composição do português de Angola. 2021. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2021. |
URI: | https://repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2362 |
Aparece nas coleções: | Monografias - Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa (São Francisco do Conde) |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2021_mono_alexandresapalo.pdf | 2021_mono_alexandresapalo.pdf | 383,29 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.