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Título: Transmigração de mulheres negras nas encruzilhadas do tempo e da memória
Autor(es): Chaves, Adriana Carla Santos
Palavras-chave: Filosofia bantu
Memória autobiográfica
Transmigração
Data do documento: 27-Jul-2022
Citação: CHAVES, A. C. S. (2022)
Resumo: Este artigo trata de uma escrevivência que, através de um processo de re ontologização da subjetividade, busca compreender como a transmigração da minha avó, Ana Francisca, de Umburanas/Bahia para Belo Horizonte/Minas Gerais configura a minha memória familiar, bem como se transfigura em um espaço de existência e de constituição da minha identidade. A transmigração, termo cunhado por Beatriz Nascimento (1989), reflete sobre a redefinição corpórea da diáspora africana a partir da migração transatlântica e das migrações internas de povos africanos nas Américas. Aqui, é delineada a partir dos seus aspectos espirituais e culturais, na constituição de um espaço de existência, de corporificação e memória. Para tal, terei a ancestralidade como categoria filosófica e ética no desenvolvimento desta escrevivência, tendo como base a cosmospercepção de tempo espiralar, princípio filosófico de tempo dos povos Bantu Kongo, presente no cosmograma Kongo (dikenga dia Kôngo), segundo a análise de Busenki Fu-Kiau (2001). Isto posto, a encruzilhada é o operador conceitual (MARTINS, 2002), dimensionador da temporalidade curvilínea e não linear desta pesquisa. A partir da abordagem da filósofa Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí (2016) sobre o papel sócio espiritual de Ìyá na sociedade iorubá, buscarei compreender a espiritualidade como elemento primordial do processo de re ontologização da subjetividade de sujeites, isto é, da construção da concepção de pessoa desassociado dos moldes eurocêntricos de subjetivação. A escrevivência, teorização a partir do vivido, é, portanto, a metodologia que contempla as dimensões estéticas, políticas e epistemológicas desta pesquisa. Por fim, ao compreender o papel sócio espiritual, de princípio matripotênte, desempenhado por minha avó na formação da minha identidade e memória, através da sua oralidade, da sua reterritorialização e da construção do retorno a Umburanas enquanto promessa, é possível perceber a transmigração não só como um deslocamento entre territórios, mas enquanto um espaço de existência e de memória que constituíram a minha identidade.
Descrição: CHAVES, Adriana Carla Santos. Transmigração de mulheres negras nas encruzilhadas do tempo e da memória. 2022. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Humanidades) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2022.
URI: repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3040
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