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repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/4884
Título: | Ética e Ancestralidade em Exu: um ensaio-ebó, ou ebó-ensaio, de desagravo e descarrego epistêmico. |
Autor(es): | Pereira, Francisco Vítor Macedo |
Palavras-chave: | Exu descolonização epistêmica ética e ancestralidade |
Data do documento: | 4-Dez-2023 |
Citação: | PEREIRA, F. V. M. (2023) |
Resumo: | Ao longo dos anos, constata-se na sociedade brasileira, na formação de suas instituições, de suas práticas políticas e educacionais, a associação da imagem do Orixá Exu a uma figura satânica, ao diabo cristão. Satanizar a figura de Exu é um problema social brasileiro e, ao mesmo tempo, um sintoma de negação ético-ontológica da própria existência do povo brasileiro. Estereotipar a imagem de Exu como uma entidade do mal é, por inúmeros motivos, um grande equívoco. Exu é uma entidade que precisa estar nas escolas e ser estudado também, porque é Ele que movimenta o conhecimento, ou que faz os saberes serem transportados entres professores/as e alunos/as, ou entre alunos/as e professores/as. Exu é o conhecimento que abre caminho para todos os saberes africanos e afro-brasileiros que foram negados pelo racismo epistêmico ou pela colonialidade branca. Exu é, assim, um educador que transforma a aprendizagem em prática de solidariedade, acolhimento, respeito, valorização e reconhecimento de diversos saberes e sentimentos humanos. Portanto, Exu deve fazer do chão da escola o assentamento de seus saberes ancestrais e das mudanças curriculares para o nosso ensino. Descolonizar o nosso currículo é, afinal, necessário e urgente, e Exu pode ajudar, porque Ele é o Orixá mensageiro, que abre os caminhos, ajuda a evitar as dificuldades e confusões enfrentadas: para que nenhum mal possa acontecer ou atrapalhar os nossos caminhos e as nossas vidas. Exu é quem nos confere esse ímpeto de querer sempre aprender, de nos renovarmos, reinventarmos e de nunca nos submetermos passivamente a nenhum tipo de cativeiro. |
Descrição: | PEREIRA, Francisco Vitor Macêdo. Ética e Ancestralidade em Exu: um ensaio-ebó, ou ebó-ensaio, de desagravo e descarrego epistêmico. Monografia - Curso de Antropologia, Instituto de Humanidades, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, 2023. |
URI: | repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/4884 |
Aparece nas coleções: | Monografia - Antropologia |
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