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Título: Analise discurso da cooperação Brasil e Angola nas décadas de 1975 a 2002
Autor(es): Faustino, Jenito Abreu João
Palavras-chave: Brasil
Discurso
Política externa
História
Angola
Data do documento: 9-Ago-2017
Citação: FAUSTINO, J. A. J. (2017)
Resumo: Este projeto trata-se de uma análise sobre o discurso diplomático do Brasil para Angola no período de 1975 a 2002. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o estado angolano representado pelo MPLA, em um momento de tensão e transição na política externa e interna, e num processo de planificação econômica do governo do general Ernesto Geisel, II Plano Nacional de Desenvolvimento – PND. De fato, até 1985, período em que se introduz o ciclo democrático no Brasil e mesmo posteriormente (2002), o discurso é pragmaticamente reside na história, num ensaio sócio antropológico de estabelecimento de relações fraternas entre os países. Esse discurso é retomando em vários momentos da política brasileira, assim como se mantém como recurso na da esfera acadêmica. A justificativa desse discurso, além da geografia permeável às transações de variados gêneros, é considerar os contatos históricos desde o século XVII; pela fragmentação da administração colonial portuguesa, que gerou a presença brasileira nas atividades comerciais, administrativas, política e segurança pública em toda a zona de influência portuguesa e em especial em Angola o discurso repercute na experiência histórica. Desde a participação dos ambranquistas (Santomenses e Brasileiros) nas guerras do Congo, desde as lutas pelo controle do povo do leste e do interior-norte de Angola (Ingambalas, Jagas), da insurreição de Pernambuco e da guerra contra os holandeses em Luanda (1648), a ascensão administrativa do Brasil em Angola ganha proporções que podemos denominar de um comércio “bilateral” de aguardente e escravizados, emergente particularmente por “homens do comércio” do Rio de Janeiro com grandes mercados de importação de escravos oriundo de Benguela, entre outras localidades na África subsaariana. A presença brasileira acompanhou assim fluxos comerciais frequentes e ininterruptos. Considerando o contexto colonial angolano, essa relação bilateral foi precária e foi acompanhada do pouco discurso produzido academicamente e politicamente sobre ela no momento e no passado. O discurso procurou uma neutralidade quanto ao reconhecimento de grupos organizados politicamente durante as lutas anti-coloniais (1940-1975). A história dessa “presença brasileira” ou ainda presença africana no Brasil foi retomado nos estudos de Gilberto Freyre, contratado por Portugal em 1942 para pensar a África que se pretendia lusófona como um futuro Brasil. A partir daí esse discurso é reproduzido na literatura e selecionada pela política externa brasileira. O reconhecimento do estado angolano em 1975 trouxe desafios bilaterais entre os dois países, paralelos aos desafios da agenda econômico Mundial e desenvolvimentista, que a partir de 1980 se apresenta com criação e sistematização das organizações. Nessa nova realidade, o discurso deixa de ser descontínuo, porquanto se contrai ao mesmo tempo que se expande nas aspirações técnicas para médio e longo prazo.
Descrição: FAUSTINO, Jenito Abreu João. Analise discurso da cooperação Brasil e Angola nas décadas de 1975 a 2002. 2017. 33f. Monografia (Graduação) - curso de Humanidades, Instituto de Humanidades, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Redenção-Ceará, 2017.
URI: repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/5567
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