Devir-fílmico: uma experimentação cartográfica entre as ruínas e as cinzas do caminho de ferro do maciço de Baturité

Abstract

O trabalho consiste em uma produção audiovisual, acompanhada de relatório escrito, trazendo como tema o devir-fílmico, uma experimentação lançada pela cartografia esquizoanalítica conforme a perspectiva da filosofia da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari. O devirfílmico consiste numa expressão audiovisual que transversaliza ciência, filosofia e arte, problematizando o rosto do Maciço de Baturité a partir das imagens e dos vestígios das estações de trem de Acarape, Antônio Diogo, Aracoiaba e Baturité. O rosto é apresentado como uma política de identificação que atribui unidade e homogeneidade à região. Nas diferentes camadas de ocupação destas estações, é possível apreender uma multiplicidade que tensiona tal política, levando a pensar na importância do “fora” e do estrangeiro em direção a uma composição heterogênea, que permanece silenciosa e clandestina, porém, potente e criadora ligada à afirmação da diferença.